Desiludida. Hoje como sempre ou talvez como algumas vezes, acordei no “mundo da lua”, como uma menina perdida. Lua, na qual fui parasita sem querer e de onde de uma certa forma era impedida de sair... A razão pela qual me desiludi, foi por uma das coisas que mais gosto de fazer, ter falhado, impedida de certos movimentos, não pude realizar uma tarefa fácil ou nem tanto assim, desapontando certas pessoas que inutilmente me tentavam transmitir algo de novo. O pessimismo começava a tomar cada vez mais conta de mim. Era como se ouvisse variadas vozes, algumas a chilrearem e outras que posso comparar com canas rachadas ou até mesmo cobras a rastejar, que me queriam fazer desistir. Mas por persistencia ou algo mais continuei a tentar, até que os movimentos retidos começaram a ceder e comecei a executar algo melhor...
Por baixo da capa, um imenso mar se alarga, fluindo em cada folha solta, por novos mundos, em contínua criação,Por baixo da capa, nada escapa, à universal lei da atracção, que prende a vida aos sonhos, o poema aos versos, a obra ao criador,Por baixo da capa, há sempre um postigo, pronto a desvendar, mistérios incontáveis, e trilhos insondáveis, de novas descobertas, Por baixo da capa, há sempre algo novo, mapa do tesouro, à espera de alguém, disposto a sonhar. Hélder Martins
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