Actualizações

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Recomeça...



Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…


                                                          Miguel Torga







quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Natal "light" com 0% de açúcar

Sem açúcar, o arroz-doce é apenas arroz malandrinho com canela. A lampreia de ovos não passa de uma omeleta estranha. E as rabanadas são pão frito. Enquanto assistimos ao Natal dos Hospitais, na televisão, decorre, em nossas casas, o Natal dos Diabéticos.


A escassez de açúcar veio dar à crise um sabor ainda mais amargo - como era, aliás, previsível. Todos os dias surgem novos entraves ao consumo: ou os produtos existem mas nós não temos dinheiro suficiente para os comprar, ou até teríamos dinheiro para os comprar mas os produtos não existem. Um dos poucos artigos que ainda tínhamos poder de compra para adquirir desapareceu das prateleiras dos supermercados. Tenho sincera admiração pelo trabalho da Deco, em defesa do consumidor, mas creio que vai fazendo cada vez mais falta um organismo que defenda o aspirante a consumidor: um cidadão que até gostava de consumir mas, por um variado leque razões, não consegue.

Que a impossibilidade de comprar açúcar surja na época natalícia agrava, evidentemente, o transtorno. Seria como não poder comprar chocolate na Páscoa, ou álcool na Queima das Fitas. Sem açúcar, o arroz-doce é apenas arroz malandrinho com canela. A lampreia de ovos não passa de uma omeleta estranha. E as rabanadas são pão frito. Enquanto assistimos ao Natal dos Hospitais, na televisão, decorre, em nossas casas, o Natal dos Diabéticos. Sendo embora um modo de evitar que passemos a assistir ao Natal dos Hospitais ao vivo, não deixa de ser insípido.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Paramore - Ignorance


"(...) a ignorância é uma fogueira que devora o homem - alimentada pelas enganosas sensações da Vida, que os sentidos recebem das enganosas aparências do Mundo." Eça de Queirós

domingo, 26 de dezembro de 2010

sábado, 25 de dezembro de 2010

Mundo cão de água português



A visita de Barack Obama a Portugal voltou a colocar a questão da raça no centro da discussão política. Surpreendentemente, foi a raça de um cão


6:16 Quinta feira, 16 de Dez de 2010


Creio que o tempo decorrido sobre a Cimeira da NATO permite que olhemos para ela com aquele distanciamento que permite ver o essencial. É muito raro que eu consiga ter esse tipo de distanciamento sobre os assuntos. Normalmente, tenho o distanciamento que é próprio das pessoas que só conhecem os assuntos pela rama. O distanciamento que permite ver o essencial, em regra, não é tão distanciado.


Vamos, então, por uma vez sem exemplo, ao essencial. A visita de Barack Obama a Portugal voltou a colocar a questão da raça no centro da discussão política. Surpreendentemente, foi a raça de um cão. José Sócrates ofereceu solenemente ao Presidente americano uma coleira de cortiça e Cavaco Silva entregou-lhe, ao mais alto nível, uma estatueta de um canídeo. Apesar de tudo, Obama não sabe a sorte que teve. Parece que a estatueta era de bronze. Podia ser de loiça.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal


Natal divino ao rés-do-chão humano,
Sem um anjo a cantar a cada ouvido.
Encolhido
À lareira,
Ao que pergunto
Respondo
Com as achas que vou pondo
Na fogueira.

O mito apenas velado
Como um cadáver
Familiar…
E neve, neve, a caiar
De triste melancolia
Os caminhos onde um dia
Vi os Magos galopar…

Miguel Torga

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Manhã de Inverno


Coroada de névoas, surge a aurora
Por detrás das montanhas do oriente;
Vê-se um resto de sono e de preguiça,
Nos olhos da fantástica indolente.

Névoas enchem de um lado e de outro os morros
Tristes como sinceras sepulturas,
Essas que têm por simples ornamento
Puras capelas, lágrimas mais puras.

A custo rompe o sol; a custo invade
O espaço todo branco; e a luz brilhante
Fulge através do espesso nevoeiro,
Como através de um véu fulge o diamante.

Vento frio, mas brando, agita as folhas
Das laranjeiras úmidas da chuva;
Erma de flores, curva a planta o colo,
E o chão recebe o pranto da viúva.

Gelo não cobre o dorso das montanhas,
Nem enche as folhas trêmulas a neve;
Galhardo moço, o inverno deste clima
Na verde palma a sua história escreve.

Pouco a pouco, dissipam-se no espaço
As névoas da manhã; já pelos montes
Vão subindo as que encheram todo o vale;
Já se vão descobrindo os horizontes.
                                           
Sobe de todo o pano; eis aparece
Da natureza o esplêndido cenário;
Tudo ali preparou co’os sábios olhos
A suprema ciência do empresário.

Canta a orquestra dos pássaros no mato
A sinfonia alpestre, — a voz serena
Acordo os ecos tímidos do vale;
E a divina comédia invade a cena.


Machado de Assis, in 'Falenas'

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

As melhores coisas do mundo!

Dedico esta mensagem às melhores coisas do mundo. Mas o que realmente são as melhores coisas do mundo?
Muitos filósofos dizem que só damos valor ao que perdemos. Pois bem, será possível que o Ser Humano seja tão inocente ao ponto de o fazer?
Muitas pessoas já me perguntaram o que realmente era importante para mim, mas, muito sinceramente, eu não sei, não sei mesmo...
Pensando bem, se as melhores coisas do mundo são o que realmente nos faz ou faria falta, humildemente afirmo que já sei responder.
O que me faz falta são os amigos que já perdi. Ora, como toda a gente, é óbvio que, infelizmente, também já perdi alguns, por estupidez, por burrice ou até por teimosia (embora ninguém teime sozinho).
E o que me faria falta se perdesse, são os meus amigos, (os que ainda se podem intitular desse nome tão gasto.)
Após desta extraordinária conclusão só me resta dizer que dedico esta mensagem aos amigos, isto é, aos que já "foram" e aos que ainda considero como tal...
Mas não posso deixar de dar um grande abraço a alguém que eu sei que vai ler esta mensagem; a alguém muito especial. A um Ser que me atura literalmente todos os dias... À minha melhor amiga!... ; )


Alpha

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

I love you, música portuguesa

Gente portuguesa a exprimir-se em português sempre me fez confusão


Temo não saber inglês suficiente para compreender a música portuguesa. Não quero parecer velho, mas ainda sou do tempo em que a música portuguesa era cantada em português. Lembro-me bem dessa altura em que um aspirante a cantor conseguia pegar numa guitarra sem começar a verter as suas canções para uma língua que os turistas entendessem. Era estranho, claro. Gente portuguesa a exprimir-se em português sempre me fez confusão. Trata-se de um idioma bastante limitado, que restringe as possibilidades de expressão dos seus falantes, e portanto não admira que haja quem se veja forçado a recorrer à língua inglesa quando se trata de transmitir pensamentos realmente sofisticados, tais como "I love you, baby", "Please forgive me, baby", "Don't break my heart, baby" ou "Yeah, baby, you are my baby".
Não posso, no entanto, deixar de notar que ainda há um longo caminho para percorrer. Neste momento, os artistas portugueses que cantam em inglês ainda estão condenados a dar entrevistas em português. Como é evidente, fazem falta jornais portugueses escritos em língua inglesa - ou, pelo menos, jornais portugueses que, embora fazendo perguntas em português (se querem mesmo insistir nesse capricho), permitam que as respostas possam ser dadas em inglês. Caso contrário, prosseguirá esta violência desumana que consiste em forçar cidadãos a exprimirem-se na sua própria língua. Creio que há um ou dois artigos na Declaração Universal dos Direitos Humanos que censuram essa prática.
Felizmente, nem tudo joga contra os músicos portugueses que cantam em inglês. Por coincidência, a língua na qual eles se sentem mais à vontade é falada internacionalmente. Isso pode evitar-lhes embaraços parecidos com os que sempre afligiram os músicos portugueses com mais projecção lá fora. Todos nos lembramos dos concertos da Amália, sistematicamente interrompidos por espectadores que diziam: "Amália, what are you doing? Please sing in english! We don't understand you!" Para não falar do caso dos Madredeus, obrigados a tornar as suas letras mais acessíveis ao público estrangeiro ("À porta, I love you baby, daquela igreja, I miss you baby, vai um grande corrupio").
O meu único receio é que este desamor à língua portuguesa, e a ideia de que ela pode prejudicar o nosso ofício, tenham deflagrado no mundo da música e se propaguem a outras profissões. Que, por exemplo, um número considerável de canalizadores decida passar a consertar torneiras em inglês, para facilitar uma eventual carreira internacional, ou apenas porque tem mais estilo. "Let me unclog your toilet baby!" Enfim, não é o tipo de conversa que gostaria de ter com um canalizador. Embora reconheça que a frase talvez desse uma excelente música portuguesa.




Ricardo Araújo Pereira

O dia só tem 24 H...

Ano lectivo 2010 2011 - Mensagem da Ministra da Educação



Reacções ao discurso da Ministra...



Alpha

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Este país não é para corruptos...


Em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer

... Que Portugal é um país livre de corrupção sabe toda a gente que tenha lido a notícia da absolvição de Domingos Névoa. O tribunal deu como provado que o arguido tinha oferecido 200 mil euros para que um titular de cargo político lhe fizesse um favor, mas absolveu-o por considerar que o político não tinha os poderes necessários para responder ao pedido. Ou seja, foi oferecido um suborno, mas a um destinatário inadequado. E, para o tribunal, quem tenta corromper a pessoa errada não é corrupto- é só parvo. A sentença, infelizmente, não esclarece se o raciocínio é válido para outros crimes: se, por exemplo, quem tenta assassinar a pessoa errada não é assassino, mas apenas incompetente; ou se quem tenta assaltar o banco errado não é ladrão, mas sim distraído. Neste último caso a prática de irregularidades é extraordinariamente difícil, uma vez que mesmo quem assalta o banco certo só é ladrão se não for administrador.
O hipotético suborno de Domingos Névoa estava ferido de irregularidade, e por isso não podia aspirar a receber o nobre título de suborno. O que se passou foi, no fundo, uma ilegalidade ilegal. O que, surpreendentemente, é legal. Significa isto que, em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer. É preciso saber fazer as coisas bem feitas e seguir a tramitação apropriada. Não é acto que se pratique à balda, caso contrário o tribunal rejeita as pretensões do candidato. "Tenha paciência", dizem os juízes. "Tente outra vez. Isto não é corrupção que se apresente."


Ricardo Araújo Pereira

domingo, 5 de dezembro de 2010

A frontalidade de Saramago


Alpha

José Saramago

José Saramago (Azinhaga, Golegã, 1922) - Foi serralheiro mecânico e, mais tarde, director do Diário de Notícias, antes de se dedicar exclusivamente à escrita. Autor Português de reconhecido mérito, ganhou, em 1996, o Prémio de Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Ganhou o Nobel da Literatura em 1998.
De entre as suas obras destacam-se, em géneros diferentes, os Poemas Possíveis (poesia, 1966), Os Apontamentos (crónicas, 1976), Don Giovanni ou O Dissoluto Absolvido (teatro, 2005), Poética dos cinco sentidos - O ouvido (contos, 1979), Memorial do Convento  (romance, 1982), Ensaio sobre a cegueira (romance, 1995), A viagem do Elefante (Romance, 2008), Caim (romance, 2009). Vive desde 1993 em Lanzarote, ilha do arquipélago espanhol das Canárias.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Expectativas falhadas!



As expectativas, tornam-se verdadeiras utopias quando alguém exige demasiado de si próprio e não se apercebe que ao fazê-lo, está a despir as dificuldades sem elas nunca ficarem nuas...

Alpha

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Pennywise: Yesterdays



Aproveita sempre os bons e maus momentos, porque nunca sabes quando os vais perder ; )




domingo, 31 de outubro de 2010

Era uma Tarde de Outono


Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono... Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto...

Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?

A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos...
Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!

E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
Banhado no clarão nascente do arrebol...

Olavo Bilac, in "Poesias"

Música alusiva ao Halloween. Rob Zombie - Living Dead Girl



Alpha

sábado, 30 de outubro de 2010

Halloween

Conhecida em Portugal como Noite das Bruxas, a noite de Halloween festeja-se de 31 de Outubro para 1 de Novembro.  

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

System of a down - Roulette

A miséria do meu ser!

A miséria do meu ser,
Do ser que tenho a viver,
Tornou-se uma coisa vista.
Sou nesta vida um qualquer
Que roda fora da pista.

Ninguém conhece quem sou
Nem eu mesmo me conheço
E, se me conheço, esqueço,
Porque não vivo onde estou.
Rodo, e o meu rodar apresso.

É uma carreira invisível,
Salvo onde caio e sou visto,
Porque cair é sensível
Pelo ruído imprevisto...
Sou assim. Mas isto é crível?
Fernando Pessoa

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Pois nossas madres vam a San Simon (Cantigas de Amigo)

Pois nossas madres vam a San Simon
de Val de Prados cadeas queimar,
nós, as meninhas, punhemos d'andar
con nossas madres, e elas enton
queimen candeas por nós e por si
e nós, meninhas, bailaremos i.

Nossos amigos todos lá iran
por nos veer, e andaremos nós
bailand' ant' eles, fremosas, [en] cós,
e nossas madres, pois que alá van,
queimen cadeas por nós e por si
e nós, meninhas, bailaremos i.

Nossos amigos iran por cousir
como bailamos, poden veer
bailar moças de bon parecer,
e nossas madres pois lá querem ir,
queimen candeas por nós e por si
e nós, meninhas, bailaremos i.


Pêro Viviaez (CV 336, CBN 698, Cant. d'Amigo,
Crest. Arc., Textos Port. Med.), in Ema Tarracha,
Antologia Literária, Idade Média, Ed. Aster

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Expectativas falhadas

A tristeza é um dos sentimentos mais difíceis de dominar...
A expectativa é uma utopia demasiado elevada... Uma grande ilusão e quando voltares à realidade irás ser invadido pela desilusão.
E vais pensar, no tempo que gastaste a imaginar momentos incríveis, pessoas espectaculares para no final descobrires que nada existe e desconfiares que nada acontecerá.
Deprimente, não é?


Alpha

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Orgulho e preconceito



Na minha opinião, orgulho e preconceito, é o titulo ideal para esta obra. Anunciando e denunciando o orgulho e o preconceito que havia entre classes na época.
Mas felizmente, tudo isso não impossibilitava o casamento entre Nobres e simples seres que nasceram no ceio do Povo. Embora fosse muito raro.
Esta obra passa-se no inicio do sec. XIX e aborda o quotidiano da personagem principal, Elizabette, e da sua família.
Elizabette, ao contrário das suas irmãs, tinha um comportamento rebelde, não aceitando a posição em que se encontrava na sociedade. A de mulher.
Desprezava todas que tentavam ser “a mulher perfeita”, as que casavam sem amar e todos os outros conceitos típicos.
Para ser feliz pensava que só necessitava de ser livre, até conhecer o homem que lhe mudou a vida, o Sr. Darcy.
Romance que se pautou pelo o orgulho de ambos, pela diferença de classes e o preconceito entre elas.
Factos que em nada favoreciam o casal, mas permito-me afirmar que algo mais forte os uniu. E fez-los descobrir que tudo o que os separava era absurdo.
Embora separados pela sociedade ficarão unidos pelo amor para todo o sempre, não deixando mais páginas em branco para serem preenchidas.



Alpha

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Como distinguir os pecadores dos não pecadores?

Este é o modo como o Vaticano distingue os pecadores dos não pecadores. Restringindo a entrada ao sexo feminino por usar calções ou saias curtas e decote e ao masculino se usar calções a simItálicoa dos joelhos.
Esquecendo-se que estamos no séc. XXI e que o Verão em Roma é rigoroso.

Alpha

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Vídeo da Semana

Por vezes, tentamos recuperar algo que perdemos, o problema é que pode ser tarde demais.
Nem sempre adianta insistir em algo que já passou, é inútil porque a única coisa que se irá obter são desilusões e a descoberta de que nada valeu a pena.
Alpha

Legado

Legado, como o próprio título indica, denuncia os malefícios e os benefícios que uma herança pode trazer à vida de famílias, por várias gerações.
Habitualmente, o mais usual deixar-se como herança são jóias, dinheiro, casas, terrenos, entre outros bens...
Mas o autor escolheu um objecto invulgar, pautado por umas características especiais e por uma origem estranha. Este foi e será transmitido a muitos descendentes da família, e como em todas as histórias há um “mas”, adianto que existem condições para haver continuidade desta tradição. Ora, ele não pode cair nas mãos de qualquer membro. As principais condições são: ser mulher e reunir certas características físicas para a poder obter.
E por causa de tudo isto, iremos assistir ao quotidiano e às constantes descobertas desta família. Ao acompanhá-la, também descobriremos que novas realidades podem surgir nas nossas vidas do dia para a noite.
Por isso, a conclusão a que chegamos é que a vida não é nossa, nós somos a vida!

Alpha

sexta-feira, 30 de julho de 2010

terça-feira, 27 de julho de 2010

J'adore Paris



Alpha

I Love Paris -- Frank Sinatra



Alpha

Viagem a Paris




Depois de muito sacrifício, por ter de acordar de madrugada, foi possível seguir viagem rumo a Paris.
Com várias paragens para descansar e o pernoitar em Espanha, o destino foi alcançado:
Paris. Como descrever esta cidade que, para tantos, é especial?
Na maioria dos casos, quem conhece Paris diria que é a cidade do amor, da moda, da luz, ou até, da magia. Nunca teria percebido o porquê destas apelações se não tivesse lá voltado para viver o seu esplendor, todo o seu charme e sua harmonia.
Sim, é verdade, embora seja uma capital bastante agitada, consegue ter uma harmonia no ar que é difícil de explicar, mas fácil de sentir.
As conclusões a que eu cheguei para possíveis explicações desta descrições foram que é conhecida por "Cidade do amor" devido aos filmes românticos passados no rio Sena, na Torre Eiffel ou mesmo numa mera rua de Paris.
Cidade da moda, por tudo ter uma linha “chic”, as lojas terem um brilho inexplicável, uma elegância que é difícil encontrar, e pelos próprios Parisienses apresentarem um certo estilo no seu modo de vestir e no seu modo de andar. Paris também se pauta pela originalidade que se nota facilmente. Exemplo disso é quando se vêem pessoas de fato e gravata a circularem em patins em linha, com uma mala na mão, a caminho do emprego, voltar para casa, ou quem sabe, beber o seu chá da tarde (divago eu).
Cidade da luz... nada melhor para perceber esta expressão do que entrar na aventura de subir até ao topo da Torre Eiffel. A paisagem é de uma intensidade de luz que deslumbra, e qualquer um fica hipnotizado com a imensidade da cidade toda iluminada.
Cidade da magia, simplesmente porque tudo é belo, mágico e fantástico.
Recomendo a visita seja em que ocasião for: numa visita de estudo, numa viagem de finalistas, numa lua-de-mel, num simples destino de férias... O que interessa é, pelo menos uma vez na vida, sentir a magia, o brilho e todos os mistérios de sensações que despertam as ruas de Paris.

domingo, 4 de julho de 2010

Desiludida


Desiludida. Hoje como sempre ou talvez como algumas vezes, acordei no “mundo da lua”, como uma menina perdida. Lua, na qual fui parasita sem querer e de onde de uma certa forma era impedida de sair... A razão pela qual me desiludi, foi por uma das coisas que mais gosto de fazer, ter falhado, impedida de certos movimentos, não pude realizar uma tarefa fácil ou nem tanto assim, desapontando certas pessoas que inutilmente me tentavam transmitir algo de novo. O pessimismo começava a tomar cada vez mais conta de mim. Era como se ouvisse variadas vozes, algumas a chilrearem e outras que posso comparar com canas rachadas ou até mesmo cobras a rastejar, que me queriam fazer desistir. Mas por persistencia ou algo mais continuei a tentar, até que os movimentos retidos começaram a ceder e comecei a executar algo melhor...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

As gémeas



~

As gémeas – Tessa de Loo


As gémeas, um romance complexo que aborda a vidas de duas irmãs gémeas, que por pericias do destino foram separadas e criadas em culturas diversas e até mesmo rivais.
Com este livro podemos explorar várias terras, vários costumes e modos de vida.
Após o pai de Anne e Lotte falecer, estas são reencambiadas para os membros da familia dispostos a encarregarem-se das suas vidas.
Anne foi residente com o seu avô numa quinta bastante humilde na Alemanhã, no meio de um mundo onde dominava o catolicismo, teve um vida dura, que se tornou ainda mais cruel após a morte do seu avô.
Lotte escapou desta vida por ter Tuberculose e foi viver com uns tios socialistas num ambiente bastante mais calmo e racional.
Estas duas partes da familia era rivais e com o aparecimento da 2º guerra mundial ocuparam lados opostos o que fez com que fosse dificil que as duas irmãs tivessem um relaciomento próximo como na sua infancia.
Os anos foram passando, e as crianças foram-se tornando mulheres e ambas poderam observar que a vida não era o mar de rosas que tinham sonhado quando estavam sobre tutela do seu pai, na Colónia.
Anne e Lotte reencontraram-se numa fase da vida em que enganadas, já nada esperavam de novo. E o mais inesperado aconteceu, compreenderam e perdoaram-se pelos erros que tinham cometido, deixando que religiões, guerras e outras razões insignificantes fossem mais fortes que o poder do sangue que as unias.



Alpha

sábado, 29 de maio de 2010

O diário de Anne Frank


Esta obra verídica, é um diário envolvente, cujo tema é a 2ª Guerra mundial, guerra descrita pela visão de uma adolescente.
É um livro envolvente, no qual podemos ver o dia-a-dia de pessoas judias, que viviam escondidas a fugir dos nazis.
Este diário veio a público para denunciar a submersidade a que os judeus foram sujeitos, por terem cometido o “erro” de nascerem no seio de uma família Judia.
Anne, era uma menina mais rebelde e irrequieta do que todas as outras, obtinha e demonstrava uma personalidade forte e irredutível, e a única pessoa que derrubava as suas muralhas protectoras, era seu pai, Otto Frank.
Tinha uma irmã mais velha, que era o seu oposto e por isso a sua relação com esta não era de todo muito boa. A mãe não gostava do seu espírito de rebeldia e por esse motivo não se davam bem.
Mas apesar de vários atritos tinham uma vida normal para a época, e um dia foram obrigados a viver escondidos pelo simples facto de querer sobreviver.
Ao longo do diário de Anne Frank podemos assitir à sua esperança de viver, acreditando que os Homens não podiam ser maus ao ponto de matar. Facto que prova a sua inocencia de menina.
Mas infelismente o Homem é frio e é capaz de assassinar e Anne Frank morreu nas mãos assassinas dos Nazis, abandonada como um animal irrelevante.

Aviso: O filme aborda coisas que não estão presentes no livro... Como por exemplo a vida de Anne e dos seus companheiros nos campos de concentração.

Alpha

domingo, 23 de maio de 2010

Manhã submersa



Vergílio Ferreira


Manhã submersa é um romance duro, cruel e injusto. Que retrata a vida de vários seminaristas, de famílias pobres ou remediadas que são obrigados a ir para uma vida ingrata para que a família tenha uma viva melhor. Aborda a perda da liberdade destes jovens, o sofrimento e a injustiça que vivem diariamente, por seguirem algo para a qual não têm a mínima vocação.
E esta obra concentra tudo isto numa personagem denominada por António Borralho. Que nasceu no ceio de uma família pobre e vê se obrigado pela mãe que no fundo quer uma velhice confortável depois de uma dura vida de trabalho, e também por uma egoísta madrinha, que se oferece para pagar o seminário, mas nenhuma destas percebe que o estão a abrigar a seguir um caminho no qual não tem o prazer de seguir.
Num seminário frio e sombrio, encontra-se António, triste e amargurado como todos os seus colegas que estão na mesma situação. Os padres fazem de tudo para os obrigar a ser um rebanho dócil e perfeito, sem querer saber se eles querem estar ali ou não, castigando-os se os rapazes não obedecem às suas ordens e caprichos.
Mas a atitude de revolta é tanta, a dor acumulada, a adolescência a florir, a descoberta dos prazeres da carne e da necessidade de independência desenvolve um grito de revolta, que leva António Borralho a enfrentar tudo e todos, os medos para que a dor que lhe corrói o corpo desapareça, e exige liberdade ao mundo, mesmo que para isso tivesse de ser pobre.


Trailer - Manhã submersa




Alpha

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Por baixo da capa

…por baixo da capa
um imenso mar se alarga
fluindo em cada folha solta
por novos mundos
em contínua criação

…por baixo da capa
nada escapa
à universal lei da atracção
que prende a vida aos sonhos
o poema aos versos
a obra ao criador

…por baixo da capa
há sempre um postigo
pronto a desvendar
mistérios incontáveis
e trilhos insondáveis
de novas descobertas

…por baixo da capa
há sempre algo novo
mapa do tesouro
à espera de alguém
disposto a sonhar

Helder Martins

sábado, 15 de maio de 2010

Anjos e Demónios


Neste romance Robert Langdon destaca-se por ser a personagem principal.
Vittoria Vetra, Maxmilian Kohler, Leonard Vetra, Carmelengo Carlo Ventresca são as personagens secundárias.

Robert entra em cena com o fim de desvendar a morte de um dos melhores e dos mais conhecidos de entre os cientistas, Leonardo Vetra. É chamado à sede do CERN, por ser um professor conceituado de iconografia religiosa e simbólica, da Universidade de Harvard. Após o assassinato do Dr. Leonardo Vetra, gravaram no seu corpo um símbolo de uma ceita, os “Illuminati”, criada por cientistas astrómonos, matemáticos, filósofos, físicos que pretendiam demonstrar à Igreja, que nem tudo o que existia era obra do Divino, mas, por vezes, da Ciência e que estas duas forças estão interligadas, pois acreditavam que tudo da religião pode ser explicado pela ciência.
Mais tarde, Robert Langdon junta-se à investigação com Vittoria Vetra, filha adoptiva de Leonardo Vetra. E juntos começam uma viagem ao Vaticano para desvendar o mistério que está por detrás dos Illuminati.
Decidem seguir o Caminho da Iluminação, para explicar o desaparecimento dos quatro cardeais durante um conclave papal, o assassinato de Leonardo Vetra e o roubo da antimatéria, acreditando que tudo está relacionado com a ceita anti-cristã, por esta querer vingar-se de todo o mal que a Igreja lhes fez.
Apreciação pessoal
Gostei bastante deste livro.
Na minha opinião é um livro viciante por ser um excelente policial. Ao longo do livro, o leitor suspeita várias vezes de diversas personagens, por falsas pistas, de serem o chefe da ceita anti-cristã. O mais irónico é que quem lê acompanha a vida do assassino e as visitas ao seu superior para receber as ordens do que fazer, sem saber as suas verdadeiras identidades.
Com este livro, foi possível chegar à conclusão de que, apesar de todas as guerras e conflitos entre a ciência e Igreja, estas podem estar unidas e consequentemente criar um mundo melhor, dando a oportunidade a todos os crentes de ambas as forças estarem em paz e trabalharem em parceria.
Recomendo este livro não só a quem gosta de policiais, mas a todos que gostam de ler um bom livro...
Deixo aqui o trailer do filme.

Alerto para o facto de o filme alterar vários pormenores descritos no livro, e o seu final ser diferente ao da obra original.

Alpha

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Apresentação






Olá!

Eu sou a Alpha.

Tive a ideia de criar um blogue, com o objectivo de partilhar as obras que leio, com o fim de alguém observar e comentar os meus resumos e opiniões em relações a estas.
Partilhar o que acho interesante...

Espero que gostem e obrigado pelo visita ; )
Alpha

Seguidores