Por baixo da capa, um imenso mar se alarga, fluindo em cada folha solta, por novos mundos, em contínua criação,Por baixo da capa, nada escapa, à universal lei da atracção, que prende a vida aos sonhos, o poema aos versos, a obra ao criador,Por baixo da capa, há sempre um postigo, pronto a desvendar, mistérios incontáveis, e trilhos insondáveis, de novas descobertas, Por baixo da capa, há sempre algo novo, mapa do tesouro, à espera de alguém, disposto a sonhar. Hélder Martins
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Um fim do mundo de fins do mundo
O fim do mundo que está marcado para o dia 21 de dezembro do próximo ano distingue-se dos fins do mundo que o precederam por não ter sido profetizado por quem se diz que o profetizou. Os maias modernos garantem que não há, nos textos dos maias antigos, qualquer profecia que indique o fim do mundo naquele dia, e os maias antigos guardam há muito um prudente silêncio, uma vez que o mundo, para eles, já acabou há algum tempo. Há profecias que falham quanto àquilo que profetizam; esta falha mesmo quanto a ser uma profecia. Ainda assim, a profecia tem sido discutida, temida e filmada - embora quase tudo isso tenha sido feito em Hollywood. A predição do fim dos tempos está cada vez mais fácil: já não é preciso profetizá-la para a profetizar.
Admitindo que a profecia que os maias não terão feito está correta, isto é, que o mundo acaba no fim do ano que vem, para os cidadãos residentes em Portugal há boas notícias e más notícias. As boas são que, para eles, o mundo não acabará, de certeza, no dia 21 de dezembro de 2012. As más são que pode acabar antes. Parece haver razões bastante válidas para acreditar que Portugal pode não conseguir durar mais dois anos. Quando o fim do mundo chegar, em dezembro de 2012, Portugal pode já ter acabado há meses - se é que não acabou há anos, como parece acreditar Medina Carreira.
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